sábado, 7 de janeiro de 2017

obrigada








vejo escancarado no retrovisor do carro a inutilidade de querer-te.
com o telemóvel no colo, percorro ruas que conheço por me perder sempre nelas, sempre nas mesmas, sempre às voltas. como na vida. 
recomendas-me um cuidado oco enquanto circundo na rotunda até perceber o caminho a tomar.
chego a casa cansada do mal-estar, do desnorteio, do medo e da inutilidade de tudo isso, de tudo.