terça-feira, 27 de setembro de 2016

desaparecendo











trago o peito tão cheio de palavras para ti. palavras que não têm como verterem-se, pelos dedos, no papel.
trago os dedos tão sem tempo para palavras de alívio.
trago os olhos tão cheios de desnecessário.
não sei se o que está escrito, existe, porque os dedos escrevem, se pelos olhos que lêem, se pelo peito que expele.
não sei onde te situo em mim se eu não habito em ti.
tudo isto são palavras fracas, frouxas, inconsistentes.
como isto de ser só eu em nós.
um dia, estas palavras serão nada.