quinta-feira, 21 de julho de 2016

talvez nunca venhas










as cortinas do quarto ondulam dando vida aos desenhos das sombras projectadas pelos candeeiros da rua. 
pela porta aberta da varanda, entra o mar. 
sinto-lhe as algas e o embalar no corpo, da água salgada. 
o ar frio e húmido provocam arrepio, na pele toda.
agradeço. 
nas horas perdidas ele encontra sempre forma de me amparar.
fecho os olhos e sinto a maresia passar pelo meu rosto, como uma carícia, pelos meus braços, nus.
respiro mar.
tu não estás.
talvez nunca estarás.