sábado, 18 de junho de 2016













somos irremediavelmente sós.
o sino toca as oito horas enquanto eu perco o meu olhar no céu tão pouco azul, estático.
fecho os olhos e sinto o teu corpo morno, nu, só.
como eu.
nunca nada preencherá esse teu peito vazio.
nunca nada me baixará as defesas que ao mesmo tempo me destroem.
a nossa ligação é de almas. elas trazem consigo os corpos, de vez em quando.
então, em pele, fundimos-nos, num voo.