domingo, 12 de junho de 2016

enquanto dormes










passo o dedo pelo teu corpo sem que tu acordes. faço-o lentamente, de olhos fechados, desenhando os contornos do teu rosto, dos teus braços, do teu peito. inspiro o odor que se solta da tua pele. ouço a tua respiração. 
memorizo-te.
vejo os livros empilhados no chão do lado da tua cabeceira e finjo que durmo. anseio o momento em que que me vais acordar sussurrando frases ao ouvido, aquelas palavras simples com que tocas a minha pele.
despertas-me.